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Cultura da paz e não violência

Publicado: Terça, 25 de Outubro de 2016, 17h39 | Última atualização em Quarta, 26 de Outubro de 2016, 15h22 | Acessos: 3178

Projeto promove ações em delegacias e escolas da RMB

As professoras Veronica do Couto Abreu e Vera de Souza Paracampo são coordenadoras do projeto
imagem sem descrição.

Por Hojo Rodrigues Foto Adolfo Lemos

A violência nas grandes cidades tem crescido nos últimos anos. Nesse contexto, foi criado o Programa de extensão “Defesa e Paz Social”, coordenado pelas professoras Veronica do Couto Abreu e Vera de Souza Paracampo, da Faculdade de Serviço Social da UFPA (ICSA/UFPA).

Com o objetivo de diminuir a violência nos ambientes policiais e escolares da Região Metropolitana de Belém (RMB), o programa contribui com ações interventivas e investigativas na área da Segurança Pública do Estado, favorecendo a construção de uma cultura de paz e não violência.

No programa, as docentes começaram a estudar a violência urbana por meio de trabalhos de pesquisa e da presença de alunos do curso de Serviço Social nos campos de estágio. Elas perceberam o aumento da violência em espaços sócio-ocupacionais e a necessidade de a Universidade acompanhar essas mudanças contemporâneas.

Atuando na perspectiva de não violência, com o Núcleo de Pacificação e Prevenção da Violência (NUPREV), órgão integrante da Polícia Civil do Estado, o programa  faz-se presente nas Seccionais Urbanas (SUs) da Pedreira, de Marituba, de São Brás, da Sacramenta, do Júlia Seffer, da Cidade Nova, do Guamá e da Terra Firme, e também nas delegacias especializadas. Dentro do programa, existem o Serviço Social nas Seccionais Urbanas da RMB e os Peregrinos da Paz.

O Serviço Social nas Seccionais tem vinculação com os campos de estágio supervisionado na área de Defesa Social. Atuam, em média, 30 alunos do curso de Serviço Social, anualmente, presentes nas seccionais urbanas e nas divisões especializadas em que o programa age. Há, também, a presença de 38 assistentes sociais, os quais acompanham os alunos como supervisores de campo.

Assistentes sociais já atenderam quase cinco mil pessoas            

Até 2015, os alunos, com os assistentes sociais, participaram efetivamente do atendimento de aproximadamente 4.808 pessoas. Desde o início do projeto, cerca de 110 alunos já foram envolvidos nos campos de estágio, como bolsistas e voluntários, acompanhando a atuação dos assistentes sociais. “Os alunos vivem uma importante experiência profissional em sua formação nos estágios. São supervisionados pelos assistentes sociais, enquanto eu e a professora Vera Paracampo acompanhamos assessorando, monitorando e apoiando o desempenho e a formação deles”, explica a professora Veronica Abreu.

Os assistentes sociais e os bolsistas trabalham, entre outros instrumentais técnico--operativos, com a mediação dos mais variados conflitos que chegam às seccionais e divisões especializadas. No geral, são conflitos familiares, de gênero, entre vizinhos, além de casos de injúria, calúnia, difamação, ameaças e questões envolvendo drogas. “Estes conflitos envolvem todas as classes sociais e faixas etárias. Mas, obviamente, as pessoas mais atendidas pertencem à classe baixa, enquanto as de classe média têm maior resistência em resolver os problemas na delegacia”, conta Veronica Abreu.

O Projeto Peregrinos da Paz começou em 2006, numa parceria entre a Faculdade de Ciências Sociais e a Faculdade de Serviço Social, e foi idealizado pela professora Kátia Mendonça, do IFCH/UFPA. Foram recrutados cerca de 50 alunos dos cursos de Serviço Social, Ciências Sociais, Pedagogia, Psicologia e Artes, da UFPA, para pesquisarem as 24 escolas públicas mais violentas da RMB. Foram realizadas diversas atividades com os estudantes, no intuito de propagar a cultura de paz e não violência nas escolas.

Entre os anos de 2009 e 2015, o Programa Defesa e Paz Social possibilitou a elaboração de cerca de 40 Trabalhos de Conclusão de Curso com as temáticas da não violência, assim como foram publicados livros no Brasil e no exterior, com vários artigos produzidos no programa, sobre violência, educação, mediação de conflitos e Serviço Social no campo da Segurança Pública.

Mesmo com diversas dificuldades, o programa tem atingido suas metas atuando na formação dos assistentes sociais e dos professores de escolas públicas.

Ed.133 - Outubro e Novembro de 2016

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