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Opinião: PCNA: História, Resultados e Perspectivas

Publicado: Segunda, 04 de Julho de 2016, 16h53 | Última atualização em Sexta, 26 de Agosto de 2016, 15h21 | Acessos: 9445

 

Professor Alexandre Rodrigues
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Por Alexandre Guimarães Rodrigues  Foto Alexandre Moraes

Em fevereiro de 2011, iniciaram as conversações entre a Diretoria de Assistência e Integração Estudantil da Pró-Reitoria de Extensão (DAIE-Proex) e a comunidade acadêmica do Instituto de Tecnologia (ITEC) da UFPA, com vistas a enfrentar, já nos primeiros ciclos acadêmicos da graduação, o sério problema de evasão e de reprovação em cursos básicos das engenharias. Surgiu, então, o Projeto de Cursos de Nivelamento da Aprendizagem em Ciências Básicas para as Engenharias (PCNA) como estratégia de intervenção pedagógica, com a finalidade de trabalhar tópicos essenciais para os cursos de Física, Cálculo e Química e, desta forma, minimizar carências nos domínios conceitual e operacional dessas ciências básicas.

Após meses de preparação, em agosto de 2011, ocorreu a primeira edição do PCNA. Desde então, o projeto tem crescido tanto em termos qualitativos quanto quantitativos. Ao todo, mais de 1.800 alunos já concluíram os cursos de nivelamento, totalizando quase 4.000 certificados emitidos nesses cinco anos de projeto, os quais valem para o aluno cursista como carga horária de atividade complementar na sua faculdade. Os cursos não possuem caráter obrigatório e funcionam também como um acolhimento institucional para os calouros.

A fim de aferir o real impacto dos cursos de nivelamento nos indicadores de desempenho acadêmico na graduação, foi feito um amplo levantamento das disciplinas Física I, Cálculo I e Química Geral, ofertadas para o ITEC. Até o momento, o levantamento com base em análise de todas as ofertas de turmas para o ITEC nas citadas disciplinas foi concluído para os anos de 2013, 2014 e 1º semestre de 2015. A comparação consiste em confrontar o rendimento acadêmico dos cursistas PCNA com o dos alunos que, por algum motivo, não fizeram ou não concluíram os referidos cursos. Por exemplo, para a disciplina de Física I, estabelecemos uma comparação de rendimento acadêmico entre os alunos que concluíram o curso de Física Elementar do PCNA (cursistas PCNA) e os alunos que fizeram esse curso da graduação sem passar pelo referido curso de nivelamento (não cursistas PCNA).

Os cursistas PCNA têm percentuais de aprovação significativamente mais elevados quando comparados aos dos não cursistas. Os percentuais de aprovação cursistas PCNA x não cursistas PCNA na disciplina Física I para o ITEC, nos anos de 2013, 2014 e 2015, são, respectivamente: 70% x 48%; 84% x 49% e 85% x 56%, ou seja, com base no desempenho dos alunos não cursistas, os percentuais anuais de aprovação dos cursistas PCNA são superiores pelos seguintes valores percentuais: +46% (ano 2013); +72% (ano 2014) e +52% (ano 2015). Resultados semelhantes foram obtidos na comparação para as disciplinas de Cálculo I e Química Geral, com percentuais anuais de aprovação invariavelmente mais elevados para os cursistas PCNA.

A assistência estudantil do PCNA, que começou com os cursos de nivelamento, conta, atualmente, com um amplo leque de serviços, que incluem atendimentos de Psicologia e de coaching acadêmico. Além disso, a assistência estudantil promovida pelo PCNA, com forte presença de ações de ensino, vem sendo fundida com diversas ações de pesquisa e de extensão universitária, de maneira que todas elas se retroalimentam mutuamente, em prol da melhoria efetiva do aprendizado do aluno ingressante e dos indicadores de desempenho acadêmico da graduação.

No final de 2014, a congregação do ITEC aprovou, por unanimidade, a passagem de status do PCNA de projeto para programa. O desafio atual da coordenação deste programa passa pela necessidade de institucionalizar essa iniciativa em nível mais amplo. Nesse sentido, o conjunto de ações concatenadas de assistência estudantil plena e integrada, envolvendo inclusive pesquisa e extensão, incentiva-nos para o esforço de construir um arcabouço jurídico, na tentativa de obter reconhecimento de tais ações em todas as esferas da UFPA, a fim de potencializar o alcance e consolidá-las na nossa instituição, de forma perene.

Alexandre Guimarães Rodrigues é doutor em Física pela USP, professor associado (ITEC/UFPA) e coordenador do PCNA. alexgr@ufpa.br

Ed.131 - Junho e Julho de 2016

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