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Qual a importância do Papai-Noel?

Publicado: Terça, 13 de Dezembro de 2016, 14h59 | Última atualização em Quarta, 14 de Dezembro de 2016, 16h47 | Acessos: 7055

Narrativas contribuem para o desenvolvimento das crianças

Por Lucas Muribeca e Glauce Monteiro Ilustração Priscila Santos

São os pequenos que aproveitam, de forma mais intensa, a chamada “magia do Natal”. Os pinheiros iluminados, a família reunida e a quase angustiante espera pela visita do Papai-Noel são vividos, de forma única, por meninos e meninas no mundo todo. Mas por que é importante que as crianças acreditem no Papai-Noel? A pesquisadora Laura Alves, da Faculdade de Educação, ICED/UFPA, reforça a importância da magia e das narrativas para o desenvolvimento infantil.

O Papai-Noel que conhecemos hoje é uma fusão de histórias de São Nicolau e da propaganda criada por uma empresa de refrigerante em 1931. O conto de que ele é um velhinho bondoso que distribui brinquedos para as crianças é herdado da história de São Nicolau, enquanto as vestimentas vermelhas são a apropriação das cores da Coca-Cola.

“Mesmo com um mundo cada vez mais digital e eletrônico, as crianças se encantam com o simbolismo que rodeia o Papai-Noel, pois encontram nesse personagem a vontade de realizar sonhos e fantasias”, explica Laura Alves, doutora em Psicologia da Educação.

Para ela, as histórias imaginárias, como a do Papai-Noel, da Iara ou da Branca de Neve, contribuem para o desenvolvimento emocional e intelectual das crianças. “Ao ouvir essas histórias, elas aprendem aspectos da língua, estruturação de narrativas e repertórios verbais necessários para o desenvolvimento da linguagem”, o que facilita e incentiva a formação de futuros leitores.

Por outro lado, complementa a professora, “a contação de história ativa o imaginário da criança, proporcionando a apreensão de elementos fundamentais para o seu desenvolvimento cognitivo, afetivo e emocional. No mais, ao apreender a história, a criança tem a capacidade de contá-la e recontá-la, exercitando a sua criatividade”.

Pais decidem hora de dizer a verdade

A professora Laura Alves também defende que a educação familiar que privilegia a “magia” das narrativas, como os contos amazônicos, os contos de fadas, as lendas e os mitos mundialmente conhecidos, como do Papai-Noel, proporciona o desenvolvimento de uma linguagem mais elaborada, o que é muito importante durante a primeira infância (de zero a cinco anos) e é quando ocorrem o amadurecimento do cérebro e o desenvolvimento da capacidade de aprendizado.

Não existe uma idade máxima para a criança parar de acreditar no Papai-Noel. Isso vai depender do ambiente social, cultural e econômico em que a criança vive. “Isso depende do ambiente no qual a criança vive. Isto é, da forma como a família e as pessoas próximas estabelecem esta magia”, pondera a pesquisadora.

A magia do Natal com o Papai-Noel faz parte do processo de criação e fantasia da criança e cabe aos pais escolher qual o melhor momento para contar a verdade. Isso deve ser feito com calma para que a criança não perca a confiança nos pais nem se abale com “a novidade”.

“As crianças sentem a necessidade de serem alimentadas por esses personagens mágicos e, com eles, vão elaborando a sua forma de ver o mundo, o que contribui para a base da sua formação”, afirma Laura Alves. A professora ressalta que deixar de acreditar em um conto específico – como o do Papai-Noel - ou nunca ter ouvido essas histórias não representa um problema. O importante é assegurar que as narrativas e a magia façam parte da formação dos pequenos para ajudá-los a se tornarem adultos felizes.

Ed.134 - Dezembro e Janeiro de 2016/2017

Comentários  

+4 #1 eduardo rocha 13-12-2016 20:56
Muito bom o texto.
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