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Museu das Águas da Amazônia

Publicado: Quinta, 23 de Agosto de 2018, 14h49 | Última atualização em Sexta, 31 de Agosto de 2018, 18h30 | Acessos: 2499

Projeto produz conteúdo para professores e alunos das redes pública e privada

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Por Nicole França Foto Acervo do Projeto

A água é um recurso de extrema importância para a manutenção da vida humana. No entanto, apesar de ser um recurso abundante no planeta, já há escassez de água em alguns locais. Tal problemática pode ser motivada por fatores naturais, problemas de gestão pública e pelo uso irracional e inadequado da água pelo ser humano. Considerando essa discussão, em 2013, o Projeto de Extensão Museu das Águas da Amazônia (MAAM) foi desenvolvido pelo Laboratório de Ensino de Geografia da Faculdade de Geografia e Cartografia (IFHC/UFPA).

Segundo o professor Carlos Alexandre Leão Bordalo, coordenador do projeto, o objetivo central do Museu das Águas da Amazônia é a difusão e a sensibilização de professores e de alunos dos ensinos fundamental, médio e superior com as temáticas hidrogeografia, hidrologia e hidropolítica. O projeto também elabora material didático pedagógico para as redes de ensino pública e privada do Pará.

“O projeto realiza as ações de educação ambiental de forma integrada, tendo como tema prioritário o aspecto da água. Dessa forma, ele perpassa pela abrangência tanto do ensino da Geografia como também do das Ciências e da Biologia. O mais importante é permitir que professores e alunos tenham acesso às informações que o Museu das Águas da Amazônia disponibiliza”, explicou Carlos Bordalo.

A ideia de criar o Museu das Águas da Amazônia surgiu quando se verificou que, nos livros didáticos dos ensinos fundamental e médio de Geografia, Ciências e Biologia, existiam limitações quando o conteúdo era água. “Em alguns livros, a questão da água nem era explorada. Verificamos a necessidade de um material didático pedagógico, elaborado em conjunto com professores e alunos, para melhorar a qualidade das aulas sobre o assunto”, afirmou o coordenador do projeto.

O museu itinerante leva seu acervo até as escolas e as instituições

O MAAM não é um museu físico, ele é um museu itinerante, ou seja, ele leva seu acervo diferenciado até as escolas e as instituições. “O nome Museu das Águas da Amazônia surgiu porque queríamos agrupar uma série de conhecimentos em relação às águas da Amazônia”, conta Carlos Bordalo.

Durante os anos iniciais do projeto, o museu visitava somente escolas e instituições de Belém. A partir de 2016, o MAAM começou a realizar ações em ilhas próximas ao município, com o apoio da Escola Bosque Eidorfe Moreira. Segundo Carlos Bordalo, em 2017 teve início a parceria com a Prefeitura Municipal do Acará, o que permitiu levar o projeto para outras regiões, atendendo a estudantes e a professores de escolas insulares ou ribeirinhas.

“É importante destacar que a população ribeirinha tem uma vivência maior com a questão da água, justamente por seu modo de vida. Percebemos isso tanto na Escola Bosque Eidorfe Moreira quanto na escola visitada no município de Acará”, explicou o professor.

Informações compartilhadas em visitas, oficinas e eventos científicos

O Museu das Águas também tem como objetivo acabar com a ideia de que a Amazônia é uma inesgotável fonte de água. “A Amazônia dá uma falsa impressão de que a água não vai acabar, realmente, se falarmos quantitativamente, é difícil dizer que a água vai acabar, mas a qualidade dessa água pode ser comprometida. Acredito que essa é a diferença que o projeto faz: trazer para o público a preocupação com os seus recursos hídricos. Isso tem surtido um grande efeito, inclusive, com os trabalhos que temos apresentado em eventos científicos dentro e fora do país”, afirmou Carlos Bordalo.

O MAAM possui um plano de visitas anual, realizando de duas a quatro visitas semestrais. “Em março, comemoramos a semana da água. Este ano, o evento foi realizado simultaneamente aqui, na UFPA, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará, na Faculdade Integrada Brasil Amazônia e em duas escolas particulares. E é assim que procuramos trabalhar, realizando visitas e oficinas e participando de eventos científicos”, concluiu o coordenador do projeto.

Ed.144 - Agosto e Setembro de 2018

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